sexta-feira, 22 de abril de 2011

ATLE-TIBA Agora é prá Valer!

O Coritiba poderia entrar em campo como favorito para o clássico, isso até a tarde de quarta-feira pois o Atlético ainda devia uma grande e convincente apresentação nesse início de temporada. À noite tudo mudou. O Atlético voltou a ser "Furacão". Destroçou o Bahia pela Copa do Brasil, teve uma noite de superioridade técnica e tática como a muito não se via pelos lados da Baixada. O 5x0 não deixa margem a dúvidas.
Mas não foi só o placar. Foi o todo rubro-negro que encantou as 15.000 pessoas que estiveram na Arena. A determinação dos jogadores, a marcação, o toque de bola o aproveitamento dos espaços a perfeição da bola parada a movimentação dos jogadores.
Não há dúvida foi a grande apresentação atleticana neste ano.
Paulo Baier foi soberbo na bola parada, nas finalizações e nas assistências. Voltou a comandar de verdade dentro das quatro linhas. Foi "O Cara" do jogo.
Se alguém duvidava de que domingo teremos um grande e totalmente indefinido Atle-Tiba, agora não restam mais questionamentos, o clássico tem tudo para ser empolgante além de decisivo.
A fase do Coritiba é mágica mas o início do trabalho de Adilson Batista no comando técnico do Furacão é muito promissor. E como o futebol fica simples em sua complexidade quando a leitura e a solução partem do princípio de eliminar primeiro o erro maior Adilson Batista foi perfeito ao diagnosticar entre todos os defeitos do Atlético o maior e mais nocivo: a bola não passava pelo meio de campo, todos os zagueiros testados, e foram muitos, tentavam na base do chutão ligar a defesa ao ataque. Esse expediente fazia com que a bola voltasse contra o sistema defensivo rubro-negro com a mesma velocidade com que saía.
Ao acabar com a "bola rifada" dos zagueiros e inclusive do goleiro e exigir que o jogo passasse obrigatóriamente pelo meio de campo Adilson restituiu ao Atlético a "bola trabalhada", a valorização da posse e a possibildade de opção de jogar pelo meio ou pelas laterais. E que estréia de Rômulo! Ótimo e muito útil.
Quem imaginou que o time reduziria o ritmo na segunda etapa equivocou-se, o Atlético foi ambicioso o tempo todo.
Claro que não se pode cometer o equívoco de comparar o Bahia com o Coritiba de hoje. O time alvi-verde do Alto da Glória vive uma fase de amplo aproveitamento que lhe valeu um 4x0 sobre o Caxias dentro de casa pela Copa do Brasil e um 4x1 sobre o Roma Apucarana fora de casa pelo Campeonato Estadual. Não é pouco se considerarmos que uma vitória no clássico dá ao Coxa o título de maior sequencia de vitórias numa temporada ao lado do Palmeiras de 1996, 21 jogos só vencendo!
Se até quarta-feira discutia-se que o Coritiba era um time de futebol e o Atlético um apanhado de boas individualidades, agora pode-se afirmar que o Atle-Tiba será um encontro de duas equipes que podem se valer do conjunto além de disporem de peças que podem decidir o jogo através do talento individual.
Os ingredientes para mais um encontro memorável estão postos e podem transformar o jogo num acontecimento inesquecível.
Mas claro nem tudo é perfeito, fora de campo e certamente fora também do estádio está o perigo maior. O perigo dos bandidos imbecís que aproveitam um acontecimento grandioso para de forma execrável deixarem transparecer o lado mais estúpido e feroz de seres "humanos" da baixa categoria agredindo semelhantes, destruindo patrimônio e colocando em risco a segurança de pessoas que nada têm a ver com a ignorância alheia.
Oxalá possamos ter um domingo de bom futebol dentro de campo e de paz fora dele o que convenhamos não é fácil!

terça-feira, 15 de março de 2011

Novo Turno, Tudo Igual.

Após tres rodadas o segundo turno do Campeonato Paranaense mostra que pouca coisa mudou em relação ao início da competição. O Coritiba continua sendo o melhor time, entenda-se aqui aquele que tem o melhor elenco, o melhor e mais entrosado onze e que por isso mesmo tem o melhor aproveitamento e continua invicto após a realização de 14 jogos. E os demais?
- O Atlético tem um elenco caro, com algumas boas peças individuais, mas que não conseguem render como time, como conjunto. E após os mesmos 14 jogos de seu maior rival está 10 pontos atras na soma total de pontos. E após a passagem de tres treinadores continua com as mesmas carências, não tem um lateral direito de qualidade nem um primeiro volante que saiba desarmar e iniciar jogadas com qualidade.
Na lateral a situação é tão ruim que o zagueiro Manoel vem sendo testado por Geninho como possivel solução... E para primeiro volante o Atlético não tem nada; Alê, indicado por Sérgio Soares não resolveu, Vitor, Fransérgio, Deivid não resolvem e os demais como Claiton e o próprio Robston que está chegando são jogadores talhados para atuar como segundo volante, ou seja um pouco mais a frente. Aliás neste Estadual apenas dois jogadores apresentam as caracteristicas requeridas pelo esquema tático adotado pelo Atlético-Pr, são eles Leandro Donizete do Coritiba e Sérginho Paulista do Operário de Ponta Grossa, jogador que teve toda sua base de formação no São Paulo F.C. e que já trabalhou com Ocimar Bolicenho no Paulista de Jundiaí.
Donizete não irá para o Atlético porque está muito bem no rival e o Atlético não levará Serginho porque prefere fazer apostas em Paraguaios, Equatorianos, Colombianos, Argentinos... ou jogadores mais rodados e claro mais caros que estão retornando da Europa.
O Paraná Clube continua igual aos últimos e péssimos anos do clube, ou seja, está com um time em formação. Após 14 rodadas ainda está pensando em reforços para formar um time para disputar o Brasileiro da Série B. Ainda pensa em um aproveitamento improvável no segundo turno do Estadual e pior, após levar um passeio no primeiro tempo do clássico contra o Coritiba quando perdeu por 3x0, ainda sonha com o título paranaense e acredita que o placar final de 4x2 no clássico foi injusto... Com o orçamento apertado e sem condições para grandes investimentos o futuro tricolor continua incerto. Uma coisa é certa o objetivo do momento é não cair para a Divisão de Acesso do Paraná, briga que continua boa contra Cascavel e Rio Branco.
Quem vem acertando muito até aqui é o Operário de Ponta Grossa que em apenas dois anos de retorno a série A Estadual já se transformou no terceiro clube em média de público, aproveitamento de rendas e tem campanha muito parecida com a do Atlético-Pr mas com investimento muito menor e competência maior.E olha que o Operário tem um pequeno estádio com capacidade máxima para 10.000 pessoas, embora só 8.600 ingressos sejam liberados.
O Cianorte que prometia ser uma sensação na temporada começa a mostrar fragilidades na competição e o Iraty, em fase de remontagem do time não consegue acompanhar o pique dos times que lideram o certame. Aí vem o bloco intermediário formado por Corinthians-Pr, Paranavaí, Roma e Arapongas que ainda sonham com o título de melhor do interior mas que no perde e ganha do campeonato vão se distanciando da ponta e do final da tabela de classificação. Assim caminha o melhor Campeonato Paranaense dos últimos 20 anos.